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Nasci em Ribeirão Preto e vivo nessa cidade com a minha mulher Paula, com o meu filho Theo e a minha filha Clara. Há muito tempo estou envolvido com o universo musical, pelo menos desde os sete anos de idade. Ainda na infância toquei trompete na Banda Marcial do Colégio Marista e, posteriormente, iniciei estudos de violão popular (autodidata) e violão erudito no Conservatório Carlos Gomes de Ribeirão Preto. Estudei guitarra com vários professores e, como todo jovem encantado com o Rock progressivo da década de 1970, formei e participei de várias bandas de garagem (algumas profissionalmente) desenvolvendo releituras dessas músicas, mas, sobretudo, desenvolvendo musicas autorais e participando de festivais de música (eventos comuns àquela época). Embora a música sempre estivesse presente na minha vida ela não foi, e não é, o meu único interesse de estudo.
Graduei-me em Filosofia, cursei a pós-graduação em Filosofia Clínica (especialização) e em Musicologia pelo Conservatório Brasileiro de Música, Rio de Janeiro (mestrado). No mestrado desenvolvi um estudo sociológico, musical e filosófico sobre o movimento new age brasileiro da década de 1980. Trabalho de pesquisa que resultou no livro: Quando as Musas Usam Máscaras: ídolos e ideologias em música (editora Apontamentos, esgotado). Atualmente leciono Filosofia, Filosofia da Educação, Filosofia da Música, Ética e Epistemologia na Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp). Leciono Filosofia e Música na Escola Waldorf João Guimarães Rosa, escola onde desenvolvo um projeto pioneiro no Brasil de ensino de harpa para os alunos do Ensino Fundamental.
Fui articulista do Jornal Gazeta de Ribeirão escrevendo ensaios filosóficos, trabalho que resultou na edição do livro Flores Carnívoras: ensaios sobre a estupidez contemporânea e algumas exortações (edição do autor). Escrevo, mas não sistematicamente, artigos para revistas científicas e participo de Congressos apresentando os resultados dos meus trabalhos de pesquisa.
Entre os anos de 1990 a 1995 fui proprietário e produtor musical de um estúdio de gravação (Trilha Estúdio) compondo trilhas e jingles. Foi nesse período que gravei o cd “No Return” (música instrumental experimental).
Atuo como produtor e apresentador há mais de dez anos no programa de televisão “Conversa Afinada”, exibido pela TV Universitária (TV Unaerp), programa de entrevistas e debates sobre o universo sonoro-musical.
Desenvolvo estudos transdisciplinares fazendo a interface entre a Filosofia Oriental, a Filosofia Ocidental e as recentes pesquisas da ciência novo paradigmática (teoria da complexidade). Como resultado desses estudos ministro cursos, palestras e workshops sobre Educação Emocional com ênfase nas práticas corporais orientais (Tai Chi Chuan, Meditação, Chi kung), bem como realizo pesquisas sobre instrumentos étnicos, meditativos e terapêuticos.
Mas, e a harpa?
Bem, a harpa apareceu na minha vida muito cedo, mas apenas imageticamente. Ainda criança tocou-me profundamente uma pintura da Santa Cecília tocando harpa, por sua serenidade e poeticidade. Mais tarde, na minha juventude, conheci o trabalho musical do harpista Andreas Vollenweider que desenvolve um trabalho étnico ímpar no universo da harpa. Sendo assim, este contato iconográfico e sonoro da harpa sempre esteve presente comigo na minha vida musical profissional, mas somente em 2005 iniciei a minha aventura musical e cultural com a harpa céltica. Atualmente a harpa é o instrumento principal que utilizo para expressar as minhas ideias musicais, porém, não o único. Considero a harpa um instrumento transicional, a ponte, a mediação entre o mudo prosaico, da cotidianidade, ao mundo poético. E, dessa forma, que venho trabalhando com este instrumento ancestral que possui grande força arquetípica.
Um grande abraço em você! E espero que a sua visita aqui no meu website seja prazerosa e que possamos iniciar uma relação em prol da cultura e da educação.
Nando Araujo